ÚNICA CANDIDATA LGBT+ EM JOINVILLE NO ANO DE 2024

  


Por que apenas 1 candidata fala abertamente sobre sua sexualidade, enquanto 74 não informaram sua orientação sexual ao TRE?

A eleição de 2024 para vereador em Joinville trouxe à tona uma realidade alarmante: entre 246 candidatos, apenas uma candidata bissexual declarou abertamente sua orientação sexual, enquanto 74 outros candidatos optaram por não informar ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Mas o que explica esse grande silêncio?


Medo de Preconceito e Discriminação

O Brasil, apesar de avanços significativos nos direitos LGBT+, ainda é um país onde preconceito e discriminação são uma realidade cotidiana para muitas pessoas. O ambiente político, em particular, tende a ser hostil à diversidade sexual, principalmente em regiões mais conservadoras. Muitos candidatos, ao não declararem sua orientação sexual, podem estar tentando evitar ataques pessoais ou a rejeição de eleitores, temendo que sua identidade seja usada contra eles.


Pressão para Conformidade

A política, muitas vezes, valoriza a conformidade às normas sociais. A heteronormatividade — a expectativa de que todos sejam heterossexuais — ainda é uma regra não escrita no campo político. Para muitos candidatos, revelar sua sexualidade pode ser visto como uma quebra dessa norma, e isso pode gerar receio de se distanciar de uma base eleitoral que, em sua maioria, talvez não esteja preparada para abraçar essa diversidade.


A Invisibilidade da Bissexualidade

A única candidata que se declarou abertamente bissexual é uma exceção corajosa nesse cenário. A bissexualidade, em particular, enfrenta dupla invisibilidade, tanto dentro quanto fora da comunidade LGBT+. Pessoas bissexuais são frequentemente marginalizadas e sofrem com estigmas que as colocam em uma posição ainda mais vulnerável, o que pode explicar a ausência de mais candidatos dispostos a assumir essa identidade publicamente.


Falta de Ambiente Seguro na Política

A política ainda não é um espaço totalmente seguro para pessoas LGBT+. Mesmo com a crescente visibilidade da diversidade sexual, há um custo emocional e social em assumir uma identidade não heterossexual. A escolha de não informar pode ser vista como uma forma de proteção, permitindo que esses candidatos evitem debates ou ataques direcionados sobre suas vidas pessoais e focar apenas nas propostas de suas campanhas.


Oportunidade Perdida de Inclusão

Ao não declararem suas orientações sexuais, esses candidatos perdem uma oportunidade de promover a visibilidade e inclusão da comunidade LGBT+ na política. A coragem da única candidata bissexual é um exemplo de como essa abertura pode quebrar barreiras e inspirar mais diversidade no futuro. No entanto, o silêncio de 74 outros candidatos evidencia que ainda há um longo caminho a percorrer para criar um ambiente político onde todos possam ser autênticos sem medo.


Conclusão

A ausência de declarações sobre orientação sexual por parte de tantos candidatos em Joinville levanta uma importante reflexão: ainda vivemos em uma sociedade onde ser LGBT+ no cenário político pode ser visto como um risco. O exemplo da única candidata que se assumiu publicamente serve como um chamado para que possamos transformar a política em um espaço verdadeiramente inclusivo, onde a diversidade seja não apenas aceita, mas celebrada.


Matéria ND+: Confira o perfil dos candidatos a vereador de Joinville, conforme dados do TSE

Candidata: Larissa Stephanie

 

EMPREGABILIDADE DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS

 



A empregabilidade de travestis e transexuais é uma questão complexa e desafiadora em muitos países, incluindo o Brasil e outros países da América Latina. Infelizmente, a discriminação e o preconceito contra pessoas trans ainda são comuns em muitos setores da sociedade, incluindo o mercado de trabalho. 

Isso pode levar a altos níveis de desemprego e subemprego entre pessoas trans, bem como à falta de oportunidades de carreira e estabilidade financeira. Muitas pessoas trans são forçadas a trabalhar em condições precárias e instáveis, como trabalho informal ou prostituição, devido à falta de alternativas viáveis. 

No entanto, há muitas organizações e grupos que estão trabalhando para melhorar a empregabilidade de pessoas trans. Algumas iniciativas incluem: 

  • Campanhas de conscientização sobre os direitos de pessoas trans no local de trabalho e a importância da inclusão de pessoas trans na força de trabalho.
  • Treinamento para empregadores e recrutadores sobre as necessidades e desafios específicos enfrentados por pessoas trans no local de trabalho.
  • Apoio para a criação de negócios próprios e empreendedorismo entre pessoas trans.
  • Programas de mentoria e apoio para ajudar pessoas trans a desenvolver habilidades e adquirir experiência profissional.
  • Iniciativas de política pública, como leis antidiscriminação e cotas de emprego, que buscam garantir oportunidades iguais no mercado de trabalho para pessoas trans.

Apesar dos desafios, muitas pessoas trans estão construindo carreiras bem-sucedidas em uma variedade de setores, incluindo negócios, tecnologia, mídia, artes e serviços sociais. É importante continuar apoiando e lutando pelos direitos e oportunidades de emprego das pessoas trans para que possam ter acesso a oportunidades justas e igualdade de condições no mercado de trabalho.